Comercial "Avó" das Havaianas e o tabu da sociedade

O comercial "Avó", feito pela Agência de publicidade AlmapBBDO em 2009 , para a empresa de sandálias Havainas, mostra o quanto a sociedade brasileira é conservadora: ainda vê o sexo como tabu, mesmo se dizendo liberal. Os atos falam por si.

O filme, que teve forte impacto na sociedade, relata uma avó conversando sobre sexo com sua neta numa ideologia tão liberal que até a neta se espanta.

Pronto, foi o bastante para que o grupo dos "conservadores" criticassem o comercial, acusando-o de ser promíscuo e de denegrir a imagem das mulheres, principalmente das avós.

Depois de inúmeras reclamações, a Havaianas decidiu retirar o comercial do ar - é bom lembrar que esse ato não partiu do Conselho de Autorregulamentação Publicitário (Conar)- , foi removido, segundo a empresa, em respeito à opinião do público.

Mas, como na época o comercial repercurtiu muito, para àqueles que gostaram, a Havaianas disponibilizou-o em sua página na internet, tendo milhares de acesso.

Enfim, bastou o comercial ser retirado do ar para que ele se tornasse assunto de muitas rodas de amigos e familiares.

Comercial da Cerveja Heineken - exemplo de como um comercial de cerveja pode ser ciativo

Em mais uma peça publicitária fantástica da cerveja holandesa fundada em 1863, Heineken, mostra exatamente a diferença de consumo entre os sexos: o lado feminino, com histeria ao ver o closet - objeto de consumo da maioria das mulheres -; e o lado masculino, verdadeiras crianças vendo seu brinquedinho preferido. Resumindo: a casa dos sonhos.


Apesar desse comercial não ser novo - foi divuldago há dois anos - é uma boa ideia para os publicitários brasileiros que acham que propaganda de cerveja tem que ser sempre a combinação para lá de manjada de bar-mulher-seminua- celebridade. Fica aí, a certeza de que podem sim haver comerciais de cerveja com mais criatividade.

O comercial mais impactante do Brasil

"Hitler", filme publicitário feito maravilhosamente pela agência de publicidade WBrasil, para o jornal A Folha de São Paulo, em 1988, e que ganhou inúmeros prêmios, como: Leão de Ouro no festival de Cannes, Ouro no Anuário do clube de criação de São Paulo, e em 2000 foi escolhido por Bernice Kenner para entrar nos cem melhores comerciais do mundo. Prêmios merecidamente ganhos.

Com um texto jornalístico, consegue obter perfeitamente o seu objetivo: fazer com que de início o telespectador fique encantado e curioso para saber quem é esse herói que melhorou a economia e a auto-estima da população, para logo depois, impactar todos ao juntar os pontos pretos e brancos e mostrar a imagem de um homem tão odiado no mundo: o nazista alemão Hitler, que dizimou centenas de judeus, comunitas, homosexuais, enfim, qualquer pessoa que fosse contra ao seu regime totalitário.

O comercial que usa o contraponto entre a verdade e a mentira, serve para alertar a população a não confiar em toda a notícia que lhe é passada.

Sem dúvidas, esse é um dos melhores comerciais brasileiros feitos até hoje.